O que é?
- Vírus.
- Alergias (pó, pólen, pêlo de animais e outros alergénios).
- Agentes físicos (vento, pó).
- Agentes químicos (fumo, poluição do ar).
- Bactérias.
- Doenças sistémicas (que afectam vários órgãos).
Quais os sintomas
Os sintomas são vários:
- Olho(s) vermelho(s).
- Sensação de areia nos olhos/prurido (comichão), uni ou bilateral.
- Corrimento ocular aquoso (se conjuntivite viral) ou tipo pus (se conjuntivite bacteriana).
- Visão ligeiramente turva ou enevoada.
- Hipersensibilidade à luz (fotofobia).
- Dor ocular.
A conjuntivite viral e bacteriana podem estar associadas a outras infecções e afectar um ou ambos os olhos. A forma bacteriana pode estar associada a infecção respiratória ou da garganta. Há produção de pus (secreções espessas, amarelo-esverdeadas) e intumescimento das pálpebras que tendem a aderir uma à outra. A conjuntivite alérgica afecta mais frequentemente os dois olhos e dá preferencialmente prurido intenso e lacrimejo.
Como se diagnostica
Basta a observação do médico para se fazer o diagnóstico de conjuntivite. Se a situação for grave, resistente ao tratamento ou recorrente, torna-se necessário colher uma amostra de secreções para análise laboratorial, com o objectivo de se determinar com precisão a causa e implementar uma terapêutica mais dirigida.
Como se desenvolve
A conjuntiva reveste o olho e a parte interna das pálpebras, estando exposta a uma série de agentes agressores (vírus, bactérias, alergénios, vento, poluição). As lágrimas protegem a conjuntiva destes agentes agressores. Por vezes, a agressão é de tal modo intensa que surge inflamação da conjuntiva (conjuntivite). É uma doença incómoda, que habitualmente responde bem ao tratamento e tem um bom prognóstico. O contágio de terceiros é relativamente frequente nas formas infecciosas.
Formas de tratamento
O desconforto provocado pela conjuntivite pode ser aliviado com a colocação de compressas quentes humedecidas, durante 5 minutos, 3 a 4 vezes por dia, no(s) olho(s) afectado(s), com as pálpebras fechadas.
As conjuntivites virais não necessitam de qualquer tratamento específico, desaparecendo ao fim de uma semana.
Nas conjuntivites bacterianas, em que há produção de pus, devem-se lavar os olhos com água morna e depois usar um pano para eliminar o pus.
O médico poderá prescrever um antibiótico para aplicação local no olho(s) afectado(s). Os antibióticos servem apenas para tratar conjuntivites bacterianas.
Nas conjuntivites alérgicas não se devem esfregar os olhos e devem-se usar compressas frias para aliviar o prurido e a sensação de desconforto. Neste caso, o médico pode prescrever medicamentos que actuem sobre a alergia (vasoconstritores, anti-histamínicos tópicos ou outros).
Formas de prevenção
Existem algumas medidas simples que o doente pode adoptar no sentido de prevenir o agravamento e a disseminação da doença:
- Não pôr as mãos nos olhos.
- Lavar as mãos antes e depois de lavar os olhos.
- Lavar as mãos antes e depois de aplicar os medicamentos nos olhos.
- As toalhas de rosto e as de banho, bem como as fronhas devem ser mudadas diariamente e não devem ser usadas por outras pessoas.
- Usar e cuidar adequadamente das lentes de contacto.
Quando consultar o médico especialista?
A conjuntivite não necessita de tratamento extenso e, na generalidade dos casos, não está associada a situações de emergência. Porém é uma situação incómoda, que exige um diagnóstico diferencial com várias outras situações, é altamente contagiosa e, ocasionalmente, pode originar complicações corneanas, devendo o doente dirigir-se imediatamente ao médico logo que os sintomas surjam para ser efectuado o respectivo diagnóstico e tratamento.
Pessoas mais predispostas
- Crianças (devido à alta contagiosidade das conjuntivites virais e ao facto delas desrespeitarem com maior facilidade as medidas de higiene necessárias para prevenir a disseminação desta doença).
- Doentes alérgicos.
- Doentes com doenças sistémicas.
Dr. Rui Farinha revisto por Dr.ª Fernanda LouroOninet - Portal "Viva Saudável":